Clara Tommaso
Mantenho minha boca selada, como se estivesse colada com super-bond, ele se afasta e prende nossos olhos. Pela primeira vez, eu o desejo intensamente e temo não suportar essa tensão que cada momento como esse surge ao nosso redor. Sussurro:
— Marco…
— Diga.
— Se tentar algo comigo, será forçado.
— Não sou esse tipo de homem. — Levanta de cima de mim, atordoado. — Me desculpe, isso… eu… desculpe, Clara.
— Desculpa? — Vendo seu estado de confusão, aproveito a oportunidade para tentar obter respostas. — Está com a consciência pesada por algo que fez?
— Você quer insinuar algo com isso? — Para com a testa levemente enrugada, enquanto me analisa.
— Não devia ser o tipo de homem que pede perdão. Sua consciência pesa por algo que fez?
— Você está enganada, eu não pedi perdão, pelo contrário, pedi desculpas por agir como um crápula. Pedir perdão é assumir culpa, pedir desculpas significa sem culpa, ou seja, não preciso ser perdoado.
— Ok, você está certo.
— Queria que eu estives