Clara Tommaso
— Ele é tudo que tem? — com a voz grave, me interroga, um sinal de que está chateado.
— Isso te chateia, Marco?
— Pare de responder minhas perguntas com mais perguntas.
— Então faça suas perguntas direito… — Levanto brutalmente e jogo o seu pé para longe, Marco geme e se levanta para me encarar olho a olho.
— Responda o que perguntei.
— Sim, ele é tudo que tenho. Não vai tocá-lo, entendeu?
— Me perguntou se isso me chateia, e a resposta é: profundamente. Quem abriu as portas para você e sua escória fui eu.
— Escória? Se sou tão inferior a você, por que ainda me mantém aqui com a minha escória?
— Você é nobre, Clara, me expliquei errado.
— Eu tenho o sangue dos meus homens, Marco, ofendê-los também me ofende.
— Você está certa, temo de precisar ir embora, antes que essa conversa evolua para uma nova briga inútil. Só se lembre de algo: não sou seu inimigo. Sabe onde me encontrar.
— Devia se arrepender por falar isso. Eu te considero meu maior inimigo.
— Não posso mud