Zara não quis dar qualquer explicação. Ela simplesmente estendeu o remédio e o copo de água para Orson.
— Toma.
Seu rosto estava sombrio, e sua voz soava fria e ríspida.
Orson ficou alguns segundos olhando para ela, mas, no fim, pegou o remédio e a água como um cão obediente.
A água no copo havia sido servida às pressas. Zara sabia que estava fria só de tocar na lateral do copo.
Orson também percebeu, mas não disse nada. Ele tomou o remédio com aquela água gelada sem reclamar.
— Deita e dorme. — Ordenou Zara, sem paciência.
Orson, no entanto, continuou olhando para ela.
— Você vai embora?
Zara não sabia se ele estava delirando ou consciente, mas, ao ouvir a pergunta, ela riu, um tanto irônica.
— Seu grande amigo trancou a porta e confiscou meu celular. Como você acha que eu vou embora? Pulando pela janela?
Ela disparou as palavras com sarcasmo, enquanto Orson, sentado na cama, franzia a testa, tentando entender o que ela dizia. Ele parecia estar processando a info