A voz de Natália soou aguda, carregando uma determinação que Zara nunca havia visto antes. Nem ela, nem Orson esperavam uma reação como aquela.
Zara ficou paralisada por um instante, mas logo deu um passo à frente.
— Nati...
— Eu não quero vê-lo, mamãe! Manda ele sair, manda ele ir embora! — Gritou Natália, enquanto se encolhia no colo de Zara.
Os pequenos braços da menina se apertaram ao redor da mãe, mas o movimento brusco fez com que a agulha do soro em sua mão se deslocasse. O sangue começou a voltar rapidamente pelo tubo.
Zara, temendo que ela se machucasse, segurou firmemente a mão da filha e respondeu com calma, tentando tranquilizá-la:
— Tudo bem, meu amor. Se você não quer vê-lo, então não vai vê-lo. Fique tranquila, está tudo bem.
Enquanto falava, Zara levantou os olhos para Orson. Ele estava parado ali, com os lábios comprimidos, sem dizer uma única palavra.
Zara achou que precisaria dizer algo para ele, mas, para sua surpresa, Orson virou-se e saiu sem que e