Zara voltou para casa de madrugada.
Natália já estava dormindo, e seu corpinho estava apoiado no ombro da mãe. Ela parecia exausta, com a respiração pesada e irregular.
Zara a segurava com um braço enquanto, com a outra mão, tentava abrir a porta. Assim que conseguiu entrar, ela não perdeu tempo. Colocou Natália cuidadosamente na cama, ajeitou o cobertor sobre ela e fechou a porta do quarto com cuidado antes de voltar para a sala.
A luz do abajur ao lado ainda estava acesa, iluminando a estante que Zara não tivera tempo de organizar antes de sair. O móvel estava cheio de seus rascunhos, páginas de desenhos e até alguns esboços de storyboard que ela mesma havia criado.
Agora, tudo aquilo parecia zombar dela.
Zara sabia muito bem como funcionava o mercado em que trabalhava. Autores como ela eram tratados como se fossem estrelas, mas, na verdade, estavam na base da pirâmide.
O marketing dependia da empresa. As negociações e colaborações eram conduzidas pela empresa. A ela cabi