— A sua mãe não está bem. — Assim que entraram no carro, Zara falou diretamente para Orson.
Orson não respondeu. Zara continuou, como se estivesse falando sozinha:
— E eu acho que sua avó sabe de alguma coisa. Essa história do Percival... Não é tão simples assim.
Orson permaneceu em silêncio, sua expressão fria e indiferente fez com que Zara franzisse a testa.
Ela sabia, no fundo, que aquilo não tinha nada a ver com ela. Uma voz dentro de si dizia que, considerando o que ela estava passando, era justo que Orson também estivesse sofrendo.
Mas, ao lembrar do estado de Marta há pouco, algo apertou no peito de Zara.
Ela abriu a boca para falar mais alguma coisa, mas, antes que pudesse continuar, Orson perguntou:
— Por que você não aceitou?
A pergunta a pegou de surpresa.
Orson, ainda com as mãos firmes no volante, virou-se para olhar para ela.
— O cheque e a chance de ir embora que ela te deu. Por que você não aceitou?
Nenhum dos dois havia mencionado o que aconteceu