Orson não respondeu às palavras de Zara. Ele apenas se aproximou e afrouxou um pouco a gravata que a prendia.
Os dedos de ambos se tocaram por um instante, e estavam tão frios quanto o gelo. Zara, já acostumada com isso, não reagiu. Mas os dedos de Orson se retraíram ligeiramente, como se fosse um reflexo involuntário. No entanto, ele logo voltou ao seu estado habitual e terminou de ajustar a gravata sem dizer nada.
— Você não disse que ia me levar para fazer o pré-natal? Quando vamos?
Orson a olhou devagar.
Zara sustentou o olhar, os olhos dela estavam calmos e sinceros, completamente diferentes da raiva e do rancor que ela exibira no dia anterior.
De repente, Orson sorriu e respondeu:
— Outro dia. Estou muito ocupado esses dias.
— Eu posso ir sozinha... — Disse Zara.
— Não, não pode. — Orson a interrompeu imediatamente. Ele se inclinou em sua direção, com os olhos afiados fixos nela. — Zarita, você sabe que, neste momento, eu não posso te deixar livre.
— E quanto te