Ela ainda não estava acostumada com aquele rosto tão parecido com o de Orson, com pelo menos uns 70% ou 80% de semelhança.
Percival, naquele dia, estava usando uma camisa branca, sem gravata. As mangas estavam dobradas, e no pulso havia um relógio de marca desconhecida, que parecia já ter bastante história. A pulseira de couro estava desgastada, com sinais de uso prolongado.
O sorriso no rosto dele era o de sempre: calmo e gentil.
— Eu te vi há pouco, mas não tinha certeza se era você. O que está fazendo sozinha aqui?
— Saí para... Dar uma volta.
Era a segunda vez que se encontravam. Zara ainda se lembrava da cena desconfortável da última vez, na Mansão Harris. Mas Percival, aparentemente, não parecia se importar. Ele escutou a resposta dela com seriedade, assentindo.
— Entendi. Já jantou? Meu irmão está preso em reuniões desde que voltou para a empresa. Não sei se ele teve tempo de cuidar de você.
Zara pensou em mentir, mas, antes que pudesse responder, seu estômago ronc