Zara ficou em silêncio, e Orson achou que a conversa havia terminado ali.
Mas, no instante seguinte, Zara disse de repente:
— Obrigada.
Agradecer pelo quê? Por Emory?
Embora Orson tivesse começado tudo com esse propósito, ouvir aquelas palavras saindo da boca de Zara o deixou desconfortável.
Ele se levantou de repente, virando-se para encará-la.
— E depois? É só isso? — Perguntou Orson.
Zara não reagiu. Apenas o encarou com aqueles olhos úmidos e brilhantes, sem desviar o olhar.
A luz da lua, que se tornava cada vez mais intensa, iluminava seu rosto, acentuando uma expressão de calma e serenidade que parecia quase inalcançável.
Orson ficou a observá-la por muito tempo. Por fim, ergueu a mão e tocou de leve o rosto dela.
Era estranho. Eles já tinham feito coisas muito mais íntimas antes. Não era a primeira vez que ele tocava o rosto dela.
Mas aquele gesto, tão suave, parecia carregar uma eletricidade que percorria a pele de Zara, passava pelos dedos de Orson e reto