Zara não tinha bebido muito naquela noite, mas aquela sensação de tontura era muito familiar. Juntando isso ao fato de que o salão tinha sido esvaziado, ela logo percebeu o que estava acontecendo.
Ela virou-se imediatamente para Orson, furiosa.
— Orson, você realmente usou um truque tão desprezível assim?
Seus olhos ficaram vermelhos na hora, e suas mãos se fecharam em punhos. O corpo inteiro dela tremia, tanto de raiva quanto de incredulidade.
Orson franziu levemente as sobrancelhas, mas logo respondeu com firmeza:
— Não fui eu.
— Não foi você? Então foi...
Antes que Zara terminasse a frase, um nome passou pela sua mente: Enzo.
A atitude de Orson naquela noite não indicava de forma alguma que ele estivesse totalmente decidido a colaborar com eles. No entanto, Enzo havia demonstrado uma confiança incomum, como se já tivesse tudo planejado. Agora ela entendia: ele havia orquestrado tudo para entregá-la como “presente” para Orson.
O pensamento fez Zara se acalmar rapida