Paredes Brancas, Coração Pesado
Sara desceu do ônibus com uma sacola de papel cheia de maçãs frescas e um pequeno buquê de margaridas nas mãos.
O hospital se erguia à sua frente, suas portas de vidro se abrindo com um suave sussurro.
Ela ajeitou o vestido azul-marinho por baixo do casaco, o colar de diamantes escondido sob a gola, seu peso pressionando contra a pele.
Seus saltos tilintaram no piso de azulejo enquanto ela assinava o livro de visitas na recepção, sua caneta riscando o registro de visitantes.
A enfermeira acenou com a cabeça em direção ao elevador. Sara apertou o botão; as portas se fecharam com um som metálico, seu reflexo pálido nas paredes de metal.
No terceiro andar, Sara caminhou por um corredor estéril; o antisséptico ardia em seu nariz.
Ela empurrou a porta do quarto 312; sua mãe jazia em uma cama estreita, com tubos de soro saindo de seu braço.
Um monitor emitia um bipe constante, sua linha verde oscilando. Sara colocou a sacola e as flores na mesa de cabeceira,