A floresta de Blackhollow parecia esperar por Kieron. Cada galho seco era um dedo apontando para o coração do breu. O céu não mudava, mesmo com as horas passando. Nuvens imóveis. Ar parado. E um silêncio que não parecia natural — era construído, como se alguém tivesse arrancado o som do mundo.
Kieron, com o colar de Evelyn entre os dedos, seguiu os rastros de uma criança desaparecida naquela manhã. Mia, 9 anos. A quarta desde que chegaram.
Lia caminhava ao seu lado, o diário de Marco apertado contra o peito, os olhos atentos a qualquer distorção no ar. A presença do homem sem boca pairava como um vulto em suas mentes. Ele não era um fantasma comum. Não era humano. Era um resíduo de algo que veio antes.
— Estamos quase — disse Kieron, parando diante de uma clareira.
O círculo de pedras musgosas estava ali, exatamente como visto na mente de Noah. Ao centro, um brinquedo de corda antigo girava sozinho. Um som de caixinha de música ecoava por segundos, depois parava abruptamente.
— Está a