Após o confronto no labirinto, a cidade de Blackhollow amanheceu diferente. As crianças brincavam novamente, o vento soprava com música, e a escultura na praça agora mostrava três rostos completos. O Véu parecia adormecido, e o próprio mundo respirava em paz.
Mas Kieron sabia que não duraria.
No café local, ele e Lia se sentaram diante de uma mulher idosa, de olhos quase leitosos, mas atentos. Ela se chamava Agnes Wylde e fora enviada pela rede da Aurora — os mesmos que haviam alertado sobre a presença em Blackhollow.
— Vocês limparam a superfície — disse ela, servindo chá escuro. — Mas o solo ainda está envenenado. O véu aqui foi usado como âncora por mais de cem anos. O que libertaram… foi só o primeiro eco.
Lia estreitou os olhos. — E o que vem depois?
Agnes pegou uma pequena caixa de madeira do bolso. Entregou a Kieron. Dentro havia uma chave, antiga, com símbolos arcanos gravados no metal.
— Isso abre uma porta no hospital psiquiátrico abandonado de Dunrow. O hospital onde Evelyn