Capítulo 12 – Ecos da Aurora

O silêncio no necrotério não era mais pesado — era reverente. Como se o próprio mundo reconhecesse que algo havia mudado. Kieron permanecia imóvel, olhando a fita azul entre os dedos, agora sem o brilho espiritual que carregava antes. Era apenas fita. Mas simbolizava tudo o que ele havia feito: cada alma tocada, cada memória resgatada, cada fragmento de dor transformado em alívio.

Naquela manhã, Lia preparava chá na pequena cozinha improvisada nos fundos da sala de exames. O aroma suave de hortelã e mel contrastava com o metal frio das gavetas funerárias. Era uma manhã normal, para um lugar que nunca fora normal.

— Você vai continuar? — perguntou ela, entregando a caneca.

Kieron não respondeu de imediato. Sabia o que ela queria dizer. Se ele ainda pretendia manter o papel de ponte entre mundos, agora que o Véu havia sido selado.

— Eles ainda sussurram — disse ele, por fim. — Os que não conseguiram atravessar… os que nunca foram encontrados…

Lia assentiu. — O Véu não se fecha de verdad
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App