Gustavo Henri.
Embora Bruna tenha se esforçado para acabar com o enterro de Heloise, ela não conseguiu. Ao menos era o que eu achava. Enquanto o caixão dela descia pela sepultura, um pedaço do meu coração foi junto. Queria ter passado mais tempo com ela. Talvez se Heloise tivesse ficado ao meu lado, ela conseguiria salvá-la. Fui consumido pela culpa, pelo tempo perdido. Eu desejei tê-la de volta, mas agora era tarde demais.
Eu estava pronto para ir embora, deixá-la naquele lugar frio e vazio, quando senti a mão de alguém segurar pelo meu ombro. Quando me virei, Magno Martins, o médico que havia cuidado da Bruna, me fez parar subitamente para que eu pudesse falar com ele.
— Podemos conversar? – ele disse isso sem olhar nos meus olhos.
Fiquei curioso com o semblante que vi no rosto dele. Magno olhava para os lados como temer que alguém nos escutasse. Estava nervoso, suas mãos tremulavam levemente, quando finalmente voltou a me olhar, concluiu.
— Em um lugar um pouco mais reservad