ISABELLA
Lá dentro, os gritos do meu pai ecoam como lâminas cortando o ar. Minha mente entra em colapso. Meu corpo treme de pânico. Meu pai não pode me deixar. Rafael Mancini é meu herói e heróis nunca morrem. Não posso perde-lo. Meu corpo se move antes que eu consiga pensar no que fazer. Corro até ele.
— Pai! — eu e Livia gritamos ao mesmo tempo, o desespero na voz nos unindo como uma só.
— Um pano limpo! Preciso estancar esse sangue! — Yan grita, pressionando o ferimento com as mãos já encharcadas.
— Cadê o Maurício?! — pergunto em pânico.
— Eu vou busca-lo! — Viktor responde, olhando nos meus olhos com uma urgência que me congela. E então some porta afora, como um raio em meio ao caos.
Eu e Livia tentamos ajudar Yan, mas é pouco, quase nada diante do estrago. Quando Maurício finalmente entra, está sozinho. Meus olhos já perguntam antes da minha boca:
— Cadê o Viktor? Ele disse que ia te buscar!
— Ele ficou pra ajudar os outros. — responde, ofegante.
Dou um passo pra sair, mas ele