VIKTOR
— Espero que você tenha sofrido muito. Porque por sua causa, eu ainda estou sofrendo. Espero que essa bala alivie um pouco da minha dor. — Livia diz fria, sem dar a ele a chance de responder.
Sem hesitar, ela mira direto na cabeça e aperta o gatilho.
— Descanse em paz, meu amor. O filho da puta já tá no inferno. — completa, num sussurro gelado, respirando fundo como quem finalmente se livra de um peso.
— Acho que temos um avião pra pegar agora! — Livia diz, olhando pra gente com os olhos ainda marejados, mas cheios de determinação.
Voltamos pra casa e começamos a arrumar as malas. Isabella ainda não fala comigo. A vergonha pesa demais, eu vejo nos olhos dela.
— Vamos? — pergunto, tentando suavizar o clima.
— Você não precisa ir, Vitto… — ela responde, sem coragem de me encarar.
Pelo menos, me chamou de Vitto. É um começo.
Me aproximo, seguro seu rosto com firmeza, forçando ela a me olhar.
— Pra onde você for… eu vou, Isabella. — digo com toda certeza do mundo. Ela precisa enten