VIKTOR
— O que aconteceu?! — Guilherme irrompe pela sala, a voz trêmula de desespero.
— Cadê minhas meninas? Cadê Rafael? — Lucas parece que vai desabar.
— Pai... — é tudo o que Joshua consegue dizer antes de se atirar nos braços de Guilherme.
A cena deveria me comover. Mas não. Me irrita.
O abraço dos dois parece uma cerimônia de luto. Como se minha mulher tivesse morrido.
Porra, ela não morreu. Não morreu. Não pode ter morrido.
Mas a merda é que nem força eu tenho pra discutir com aquele merda agora.
Só fico ali, imóvel, com Melanie e Melissa grudadas em mim.
Minha sogra não diz uma palavra. Tá branca. Pálida.
O medo dela é o mesmo que corrói meu peito:
Isabella. Meus filhos.
Nikita e ela me arrastaram até a ala de queimados. Que se fodam minhas mãos, são queimaduras leves. A roupa nos salvou.
Melanie tinha ido com Olivia, ver como o bebê Breno tá. Meu cunhado ainda nem nasceu e já passou por uma guerra.
Guilherme se ajoelha na frente da esposa, a voz baixa, mas firme como aço:
— Su