Naquela segunda-feira, o céu parecia pesado, como se soubesse que algo definitivo estava prestes a acontecer. Isabela chegou ao cartório civil com os documentos em mãos, o semblante cansado, os olhos marcados por noites mal dormidas e semanas de desgaste emocional. Pedro já estava lá, esperando.
Ao vê-la entrar, ele tentou ser cordial, talvez até doce, como se quisesse suavizar o peso do momento.
— Bom dia — disse, com um sorriso tímido.
Isabela não tinha forças para responder com palavras. Estava exausta de tudo aquilo. Chateada, magoada, sem energia para mais uma rodada de formalidades. Apenas acenou com a cabeça, evitando ser cruel ou mal-educada. Mas por dentro, desejava que aquela fosse realmente a última vez que assinaria aquele maldito termo.
O trâmite foi rápido, como das outras vezes. Assinaturas, carimbos, confirmações. Tudo feito com a frieza burocrática que não combinava com o turbilhão de sentimentos que os dois carregavam. Assim que terminou, Isabela se levantou, saiu se