Ana estava animada com a competição que aconteceria em outra cidade. Era importante para ela, e Isabela sabia disso. Mas os compromissos profissionais se acumulavam, e acompanhar a filha não seria possível. Na véspera da viagem, Ana ligou para Isabela com a voz manhosa que só uma filha sabe usar.
— Mamãe... quando eu voltar, você pode me levar para passear?
Isabela sorriu, mesmo cansada.
— Sim, claro, meu amor. Vamos passear juntas.
Era uma promessa simples, mas carregada de afeto. E Isabela, mesmo sobrecarregada, não negaria isso à filha.
Nos dias seguintes, Isabela não conseguiu visitar Teresa. Os prazos apertavam, os projetos tecnológicos exigiam atenção total. A CiaPlus estava em fase de entrega para empresas multinacionais, e cada detalhe precisava ser revisado. Mas na sexta-feira, com uma brecha na agenda, ela foi ao hospital.
Ao chegar, viu Sofia no corredor, com a cabeça enfaixada, caminhando lentamente como parte dos exercícios de recuperação. Falava ao telefone com alguém —