Os dias se arrastavam como se o tempo tivesse desacelerado em respeito à dor. A rotina de todos havia mudado desde que Teresa fora internada em estado grave. A pneumonia silenciosa que a acometeu não apenas afetou seus pulmões, mas também o coração de todos que a amavam.
Isabela passava pelo hospital todas as manhãs e voltava todas as noites. Mesmo com a agenda cheia, com os compromissos da CiaPlus e as responsabilidades com Ana, ela não deixava de visitar Teresa. Sentava ao lado da cama, lia em voz baixa, conversava com os médicos, e às vezes apenas ficava em silêncio, segurando a mão da mulher que sempre a tratou como neta.
Pedro, por sua vez, não saiu do lado da avó. Transferiu seu escritório para uma sala improvisada na ala hospitalar e ali passou a trabalhar, coordenar reuniões, revisar contratos. Sua presença era constante, firme, silenciosa. Ele não dizia muito, mas fazia tudo.
Ana, a pedido de Pedro, ficou sob os cuidados da família Gomes e de Isabela. Era uma forma de protegê