O carro seguia pela estrada arborizada que levava ao hotel onde seria realizada a festa de aniversário de dona Aurora. No banco de trás, Ana observava a paisagem com os olhos curiosos, enquanto Isabela, ao volante, mantinha um sorriso sereno. A manhã havia sido cheia de emoções, e o almoço na mansão dos Gomes deixara todos com o coração aquecido.
Aurora estava radiante. Recebera os presentes com lágrimas nos olhos, especialmente o conjunto de pintura que Isabela havia encontrado na feira de antiguidades. Ela tocou os pincéis com reverência, como quem reencontra uma parte esquecida de si.
— Esse presente é mais que um objeto — dissera Aurora, emocionada. — É uma lembrança viva do que eu fui, do que ainda sou. Obrigada, minha querida.
Isabela havia se emocionado com a reação da avó, mas também sentira um aperto discreto ao ver os presentes deixados por Pedro e Teresa. Os itens de porcelana e o bordado estavam embalados com cuidado, acompanhados de cartões simples. Aurora agradeceu com c