O fim do período de reflexão se aproximava como uma sentença silenciosa. Pedro sentia cada dia como um fio se rompendo — um elo a menos entre ele e Isabela. Ela parecia tranquila, resolvida. E isso o dilacerava.
Naquela manhã, Pedro acordou com uma decisão tomada. Iria até o apartamento de Isabela. Iria dizer tudo o que nunca teve coragem de dizer. Iria pedir que ela não desse continuidade ao divórcio. Não por medo, não por orgulho, mas porque finalmente entendia que o amor não sobrevive no silêncio.
Passou o dia inquieto, ensaiando palavras, revivendo memórias. Lembrou-se da primeira vez que a viu sorrir, do dia em que Ana nasceu, das noites em que ela esperava por ele com olhos cansados e esperança intacta. Lembrou-se, sobretudo, do que nunca disse.
“Isabela, eu sempre te amei. Mas não soube como.”
Era isso. Era simples. Era verdadeiro.
Na manhã seguinte pegou o carro e dirigiu até o apartamento dela. O coração batia como se quisesse fugir do peito. Ao chegar, estacionou na rua e q