Capítulo 8

Dominique Rodrigues

Meu Deus! O que estou fazendo debaixo do chuveiro de Gael Dvorak? Estou mesmo me preparando para transar com ele? Me sinto uma prostituta contratada na esquina ao mesmo tempo em que anseio por aquele homem me possuindo.

Poucos minutos após decidir que transaria com Gael, minha convicção já estava em 30% e caindo.

Me sequei com uma toalha macia que encontrei em uma gaveta no móvel do banheiro e vesti a mesma roupa, com exceção da calcinha que enrolei em papel higiênico e enfiei na bolsa, sem coragem de vestir novamente depois de horas usando-a e com receio de alguém encontrar se jogasse na lixeira.

E mudei minha decisão. Simplesmente diria a ele que me arrependi. Ele não podia me obrigar a nada.

Quando finalmente consegui coragem para sair do banheiro, o encontrei sentado na cama com uma toalha enrolada na cintura e servindo vinho em duas taças.

Por alguns instantes fui hipnotizada pelo seu peitoral. Era o tipo de corpo que só se vê em galãs e modelos. Músculos bem distribuídos e nenhum sinal de pelos. Confesso que desejei saber se atrás da toalha também não havia pelos. Cheguei a morder o lábio com força em busca de controlar minhas mãos que estavam loucas para deslizar naqueles músculos.

Fiquei encarando até que ele me notou e arqueou uma sobrancelha.

— Por que está com essa roupa? Não tinha um roupão no banheiro?

— Tinha, mas eu... eu vou embora — dei-lhe as costas pela segunda vez. Era muita tentação.

— Você, por acaso, é do tipo que gosta de ver um homem insistir? — o escutei deixando as taças sobre a pequena mesa que estava próxima a cama. E senti sua respiração quente no meu pescoço antes que seus lábios tocassem minha pele sensível.

Estremeci. Foi impossível controlar a reação do meu corpo.

— Não é isso, senhor Dvorak. Eu realmente não devia ter vindo. Eu bebi e costumo fazer besteiras quando bebo — argumentei atropelando as palavras.

— Você costuma ficar mais fácil quando bebe? — perguntou me segurando pela cintura. Eu só conseguia pensar que estava sem calcinha. — Interessante. Fiz bem em abrir esse vinho — senti o seu sorriso contra a pele do meu pescoço.

— Estou falando sério — tentei me esquivar de outro beijo no meu pescoço. O toque dele me fazia ficar tonta. — Isso é errado. O senhor é o chefe do meu chefe.

— Por que? Acha que está sendo forçada por eu ser dono da empresa? — ele se afastou bruscamente e senti muito frio, como se de repente estivesse nevando só em mim. — Se você não quer, eu não vou obrigá-la. Mas foi muita maldade sua aceitar vir até aqui só para me dizer não. É muita crueldade porque te desejei desde o primeiro momento em que te vi — ele se fazia de magoado, mas sua voz era mais sensual que triste. Desgraçado! Sabia que eu estava caidinha.

Havia uma força muito idiota que me conduzia ao erro. Quando me dei conta, já estava segurando o braço dele.

— Eu quero. Desculpe por parecer confusa. — Eu tinha que parar de ter medo. O medo atrapalha vivermos nossos melhores momentos. — Também me senti atraída desde o primeiro momento em que o vi. Só que nunca achei que olharia para mim.

Estava decidido, se já comecei errando que completasse o erro. A minha primeira vez seria uma aventura de uma noite com Gael Dvorak. Tinha era que agradecer aos deuses por estrear no sexo dessa forma.

Não pretendia dizer para ele que era a minha primeira vez, mas também não pretendia fazer malabarismos para mostrar que sei alguma coisa. Apenas seguiria os meus instintos e se fosse ruim sairia correndo sem olhar para trás.

Gael não parecia muito convencido. Havia sentado na cama novamente e me analisava da cabeça aos pés.

Me aproximei um pouco antes de perder a coragem.

— Se não me beijar agora acho que a coragem vai abandonar o meu corpo — confessei.

Vi o sorriso nascer nos lábios dele e logo senti suas mãos me puxando contra o seu corpo.

— Eu sei que está sem calcinha — sussurrou no meu ouvido antes de me envolver em um beijo alucinante, onde nossas línguas travavam uma batalha sem vencedores.

Flashs de lucidez me mostraram o momento em que o meu corpo foi de encontro ao colchão macio, o momento em que Gael se livrou das minhas roupas e da sua toalha. Ele era tão lindo quanto aqueles modelos de sunga que nos fazem babar. Seus toques me deixavam meio que perdida, muitas vezes me agarrava aos seus cabelos macios, levada pelas sensações, ou agarrava as suas costas sem ligar para o que minhas unhas podiam fazer. Ele parecia gostar porque gemia de um jeito que aumentava o meu tesão. Por falar em gemidos, isso era o que mais saia da minha boca. Quando ela não estava ocupada beijando a sua pele cheirando a sabonete de ervas ou seus lábios com gosto de vinho.

Ele me encarou um pouco confuso quando deixei escapar um grito mais alto ao senti-lo dentro de mim pela primeira vez.

Aquela dor aguda me incomodou um pouco e ele parou os movimentos me olhando como se quisesse perguntar.

Acabei rindo da sua cara de apavorado e o puxei pelo pescoço beijando-o com intensidade. E ele entendeu que nada me faria parar. Enquanto nos movíamos cada vez mais alucinados, meu único pensamento era em como seria bom fazer amor com Gael Dvorak todos os dias.

*

Senti um cheiro gostoso de pizza e respirei fundo imaginando quem na pensão havia comprado. Foi só ao ouvir uma voz máscula e autoritária sussurrada perto do meu ouvido que recordei que não estava na pensão.

Meus olhos se arregalaram assim que ouvi:

— Acorda, bela adormecida!

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