o silĂȘncio da madrugada foi cortado por um Ășnico som: o tilintar do gelo no copo de cristal.
Melina estava sentada sozinha na sala de guerra â a antiga sala de reuniĂ”es da HEM, agora equipada com blindagem reforçada, telas criptografadas, e um cofre embutido no piso de mĂĄrmore preto. Ela trajava preto dos pĂ©s Ă cabeça. Os cabelos estavam soltos, os olhos marcados por olheiras discretas e determinação cortante. Na sua frente, um maço de envelopes lacrados. Selos vermelhos com o brasĂŁo da HEM brilhavam sob a luz baixa. Clara entrou primeiro. Em silĂȘncio. Depois Nayara, Lorena e mais duas conselheiras. Amanda jĂĄ nĂŁo fazia parte. A cadeira dela estava vazia. E ainda assim, era a que mais pesava. â Todas estĂŁo aqui. â disse Clara, formal. Melina assentiu, sem olhar. â Fechem a porta. Assim que o som da trava blindada ecoou, Melina se levantou. â VocĂȘs sabem o que estamo