Amanda fitava a tela do celular como se fosse uma armadilha prestes a explodir. A mensagem estava ali, clara, fria, quase militar:
“Ela já sabe. O plano B vai ter que começar. Aguarde instruções.”
Ela apagou a mensagem antes mesmo de pensar em respondê-la. A adrenalina correu por seu corpo como veneno. Caminhou de um lado a outro em sua sala, os saltos fazendo um som seco sobre o mármore escuro. A taça de vinho que segurava tremia levemente em sua mão.
— Droga, droga, droga...
Melina sabia. De alguma forma, ela tinha descoberto. Miguel devia ter falhado. Ou pior: Kauan.
Amanda largou a taça na mesa de centro com violência. O vinho espirrou e manchou a superfície de madeira. Ela não se importou. Pegou o telefone fixo e discou com pressa.
— Oi, é a Amanda. Preciso falar com ele. Agora.
O homem do outro lado hesitou, mas logo