Matheus foi colocado atrás das grades junto a outro homem, que parecia bêbado demais para notar a presença dele ali. Não demorou muito e logo Rafa e o outro apareceram sendo colocados em uma cela à frente da dele.
— Eu vou almoçar. Quando eu voltar, vou analisar a oportunidade de vocês poderem ligar para alguém — disse o policial que interrogava Matheus.
— Ligar para um advogado ou requerer um defensor público é um direito nosso. Não pode negar isso. E depois, se não acusaram a gente, por que estamos detidos?
O policial se aproximou dele.
— Porque eu quero! — sussurrou para Matheus.
Rindo, saiu dali.
— A gente devia ter dado no pé.
— Cala a boca, Coelho. — Esse era o apelido ridículo que deram ao soldado que estava com Rafa. — O que vamos fazer agora? — Rafael perguntou para Matheus.
— Eu sei para quem pedir ajuda, mas eles têm que me deixar fazer uma ligação.
— E para quem vai ligar?
Matheus não respondeu. Caminhou até o fundo do cubículo e sentou-se no chão, já que o único banco est