Antes que o sol saísse para brilhar, Caio já estava de pé. Ele subiu o morro até a masmorra, em silêncio, sério e sozinho. As poucas pessoas que passaram por ele no caminho naquela manhã, não se atreveram a falar nada. A feição tenebrosa que carregava, deixava denso o ar à sua volta. Quando ele chegou ao local onde os corpos são carbonizados e onde Matheus ficou encarcerado, o homem que ali estava se colocou rapidamente de pé.
— Bom dia, chefe.
— Abra. — Foi tudo o que ele disse.
O homem abriu a portinhola e Bodão entrou. Carlos estava ali, somente de cueca, amarrado e amordaçado.
— Como foi a estadia? — perguntou, rindo do homem sujo à sua frente, largado no chão podre. — Levem ele para o porão da minha casa. Tenho muito o que fazer com ele.
— Sim, senhor.
Carlos foi levado para lá e algemado pelo tornozelo a uma pilastra. Bodão entrou e tirou a mordaça da sua boca.
— Bem melhor aqui, né?! — perguntou.
— Vai se foder! Pessoas virão atrás de mim. Há meses não estou mais sozinho nesse