— Aonde vamos? — ela perguntou, os olhos faiscando.
— Para o meu trono. — Ele pegou a taça de uísque que havia deixado sobre o móvel. — Lá onde eu assino tratados. Onde fecho guerras. Onde decido quem vive e quem morre.
— O escritório. — Valentina sorriu. — Tão clichê… Tão dominador…
— E você ama. — Ele pegou-a pela cintura e a virou de costas. — Anda.
Ela andou. Com passos lentos, provocantes, sabendo que estava sendo devorada com os olhos. O paletó se abriu com o movimento dos quadris e, por um instante, ela ficou completamente nua de novo. Ele rosnou baixo, como um animal selvagem.
O escritório era todo em tons escuros. Mármore negro. Estantes com livros de direito, armas e fotografias da dinastia Blackwood. Ao fundo, uma imponente mesa de carvalho. A cadeira de couro — onde o império era comandado — esperava por ele. Ou por ela.
Valentina se apoiou na mesa, de costas para ele.
— O que quer fazer comigo agora, imperador?
Maximiliano trancou a porta e não respondeu com palavras.
Ele