481. A PIOR DECISÃO
Luigi suspira, olhando para todos nós com muita seriedade, o que me indica que Cristal não está bem, e finalmente fala:
—A ferida era mais profunda do que pensávamos —diz, tirando a máscara do rosto e os luvas—. A bala está alojada em uma costela, abaixo do seio, e ainda não a extraímos porque surgiu um sério problema, sobrinho.
O medo, ao ouvi-lo, apodera-se de mim, e a corrente de alívio que havia começado a percorrer meu sangue é quase insuficiente contra a tempestade que retumba dentro de mim. Meu Cielo está em sérios problemas para que Luigi saísse sem operá-la e viesse falar comigo.
—E qual é esse problema, tio? —pergunto, temendo o pior.
—Sua esposa está grávida —me diz sem mais—. Tem oito semanas.
—¡¿Grávida?! —exclamo com incredulidade.
O impacto dessas palavras me atravessa como uma bala, direta no peito, disparada sem anestesia. As paredes parecem se fechar sobre mim e minha respiração acelera enquanto tento processar o que Luigi acabou de dizer. Cielo está grávida. Me