A noite trouxe consigo um turbilhão de pensamentos sombrios. A palavra "casar" ecoava na minha mente como se fosse um bicho-papão pronto para sair debaixo da cama e me engolir. Eu estava com Rodolfo há quantos dias? Três? Minha ansiedade parecia aumentar a cada segundo, e a ideia de enfrentar todos esses problemas de uma vez me deixava paralisada.
 — Você ainda está pensando sobre o que eu te disse. — A voz da Paola me tira dos meus devaneios.
 Ela entra na cozinha enquanto eu preparo um chá de camomila, na esperança de que ele acalme meus nervos. O vapor do chá sobe lentamente, mas não consigo me concentrar no aroma calmante. Minha mente está a mil.
 E se ele achar ruim quando eu pronunciar que não quero me casar agora?
 E se ele achar que estou apenas o enrolando? Ou pior, pensar que só o usei para me livrar de Antônio?
 O pensamento me consome.
 Fecho os olhos e respiro fundo, tentando afastar a onda de medo que ameaça me engolir.
 — Não sei como dizer que não quero me casar com e