Depois de vasculhar as coisas de Otávio, encontrei tudo o que precisava na segunda gaveta; pasta, escova e ate um secador que decido não usar. Ajusto a toalha nos cabelos, visto o vestido e saio do banheiro. Ele está na varanda, sentado em uma poltrona no canto, concentrado no celular.
O terno impecável molda sua figura com uma elegância natural. Os cabelos, cuidadosamente penteados, emolduram um rosto que combina poder e sedução de uma forma quase injusta. Há algo incrivelmente atraente nele, algo que nunca falha em mexer comigo.
Dou alguns passos, segurando a toalha na cabeça, e ele ergue o olhar. Seu sorriso, fácil e encantador, se espalha pelo rosto, aquecendo meu coração sem esforço.
Não me preocupo em estar assim na frente dele. Descalça, simples, brigona e teimosa. Quem quiser estar comigo terá que aceitar isso.
— Minha calcinha — digo, estendendo a mão assim que paro na sua frente.
Otávio arqueia uma sobrancelha, a sombra de um sorriso brincando em seus lábios.
— Achei que, a