Por um instante, Dariel esqueceu o frio cortante. Esqueceu a caverna úmida e escura. Tudo o que existia era o calor sutil do corpo da garota junto ao seu, e o perfume floral — suave e reconfortante — que preenchia seus sentidos. Ainda de olhos fechados, respirou fundo, deixando-se envolver por cada sensação, como se pudesse se ancorar àquele momento.
Cateline se mexeu levemente, o que o despertou por completo.
Os primeiros raios de sol já atravessavam a entrada da caverna, filtrando-se pela névoa fria da manhã e tingindo o ambiente com uma luz esbranquiçada e tênue. Dariel piscou algumas vezes, confuso , não lembrava quando havia adormecido, tampouco como tinham acabado naquela posição. A garota dormia com a cabeça apoiada em seu peito, e ele a envolvia num abraço inconsciente, seus corpos entrelaçados em busca de calor.
Um grunhido rouco escapou involuntariamente de sua garganta quando tentou se mover, e isso foi o bastante para acordá-la.
Cateline ergueu os olhos devagar, ainda me