Hannah Luiza (Halu)
A mensagem chegou no meu celular enquanto eu organizava algumas coisas na sala. Assim que li, senti meu sangue ferver.
"Se quer sua filha viva, vem sozinha. Se entrega e ela tá liberada. Prometo."
Tonhão, aquele desgraçado. Sabia que ele era ardiloso, mas mexer com minha filha? Não era só coragem; era um pedido de morte. Respirei fundo, tentando controlar o tremor das mãos. Não ia deixar ele pensar que tava me dobrando.
Peguei uma folha de papel e comecei a escrever pro Matheus. Ele precisava saber, mas também não podia me impedir. Ele faria de tudo pra tentar me segurar e, sinceramente, eu não tinha tempo pra discussões. Era a vida da minha filha na balança.
Dobrei o papel com cuidado e deixei na mesa, o coração pesado. Olhei em volta da sala, sentindo aquela pontada no peito que só vem quando você sabe que pode não voltar. Respirei fundo e saí, tentando não pensar demais.
— Patroa, tá indo aonde? — perguntou Pé de Pano, acendendo um cigarro perto do portão.
— Re