Capítulo 130
“Para salvar quem se ama, às vezes é preciso dançar com o próprio inferno.”
Já do lado de fora da mansão, Rafael desceu os degraus com a mão no bolso, discretamente acionando o GPS em tempo real. O sinal estava fixo.
A localização da casa, da mulher e do bebê estava marcada.
Um dos seguranças se aproximou, como antes.
— O protocolo, senhor.
— Manda ver — respondeu Rafael, com frieza.
Um pano preto foi colocado sobre sua cabeça, abafando a luz, a cor, e por instantes, a dignidade.
Em silêncio, foi conduzido até a SUV que o levou de volta ao hangar.
Seu jatinho particular já estava à espera.
Destino: Coreia do Sul.
Tempo de voo: 1h45min.
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Ao pousar, Rafael foi direto para a mansão.
Entrou sem olhar para os lados, sem cumprimentar ninguém.
Subiu. Abriu a porta. Tirou a camisa. As calças. Jogou tudo longe.
Foi para o chuveiro.
Deixou a água escorrer com força. Quente.
Mas nada lavava a sensação repulsiva da última hora.
A boca dela. A submissão. O controle. O poder travest