Capítulo 108
Quando a verdade se esconde, o inferno vem buscá-la.
O relógio marcava 2h17 da manhã quando o jatinho de Cassian Délano tocou o solo de Seul. Ele desceu da aeronave com os olhos em brasa e a mandíbula travada. Nada foi feito de forma oficial. Seu nome não constava em nenhum sistema. A entrada dele no país foi feita por um canal diplomático alternativo, com documentos de um médico internacional — um codinome que Diego arranjou através de um parceiro na Coreia do Sul.
Cassian entrou no Hospital Internacional de Seul pela entrada de carga, usando um crachá temporário de “consultor de biossegurança”. Nada passava pelas mãos do setor clínico. Rafael, Naia e os pais dela jamais saberiam que ele estava ali. Tudo acontecia nos bastidores, no andar administrativo e no subsolo.
— Quero os registros de entrada e saída de todos os recém-nascidos nas últimas 48 horas. E quero os logs de alteração digital no sistema neonatal — ordenou a um dos seus homens infiltrados na área de TI.
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