Capítulo 109
Às vezes, o mundo chora pelo filho errado.
O quarto de hotel em Singapura estava escuro, com as persianas fechadas e o ar-condicionado cortando o silêncio. Celeste, de roupão de seda, sentada diante da penteadeira, finalizava uma mensagem em um celular criptografado. O bebê ainda não havia chegado. Júlia estava em trânsito com ele, usando rotas alternativas para despistar qualquer tentativa de rastreio. O destino era Dubai. Celeste iria ao encontro deles assim que tudo estivesse garantido.
Enquanto isso, ela preparava o mundo.
> “Hora de plantar o caos. Solte a notícia. O bebê dos Villeneuve não morreu. Foi sequestrado. Envie pra todos. E esteja na porta do hospital. A Naia terá alta hoje. Faça as perguntas certas.”
O jornalista do outro lado leu, engoliu seco e digitou:
> “Quem é você?”
> “Eu vejo tudo.”
Minutos depois, as manchetes começaram a pipocar:
“URGENTE: Filho da herdeira dos bancos Beaumont e do bilionário Rafael Villeneuve morre em Seul.”
A comoção foi imedia