Voltei para a casa e fui para meu quarto, quando sai, a mansão estava silenciosa, mas o silêncio não era paz. Era o tipo de silêncio que antecede uma queda, um rompimento, um estrondo.
Desci as escadas com passos cautelosos, já esperando cruzar com ele. E não deu outro. Lorenzo estava no corredor, encostado com os braços cruzados, o olhar fixo em mim como uma lâmina prestes a cortar.— Bela noite para continuar fingindo que pertence a este lugar Anna — ele disse, com um sorriso enviesado.Parei por um segundo, mantendo a calma.— Não preciso fingir o que já é meu por direito, por mérito e honra.Ele se afastou da parede com um passo lento, perigoso.— Direito? Você acha mesmo que carregar o sangue é o bastante? O sangue é uma maldição, Anna. Ainda vai descobrir isso. E quando descobrir, tomara que não seja tarde demais.Engoli seco. Não valia a pena responder. Mas algo naquela fala algo no tom quase profético dele me dei