Nunca imaginei que um simples toque pudesse carregar tanto. Mas naquela noite, quando Enzo entrelaçou seus dedos nos meus e me puxou para o terraço da mansão, senti que algo mudaria para sempre.
O céu estava limpo, pontuado de estrelas. A brisa da Toscana passava suave entre as colunas de pedra, e a luz dourada das lanternas tremia ao nosso redor, como se abençoasse o momento. Enzo estava diferente. Mais sério, mas ainda assim cálido. Como se carregasse um segredo que não podia mais conter. Ele parou diante de mim. Seus olhos mergulharam nos meus com uma profundidade que me arrepiou. — Anna… — disse, num tom baixo, quase reverente. — Eu vivi muito tempo entre muros e sombras. Aprendi a sobreviver, a proteger, a lutar. Mas contigo, eu aprendi o que significa querer viver e amar. Meu coração deu um salto. Ele tirou do bolso um anel simples, de prata escurecida, com o símbolo dos Montanari gravado dentro. — Pode par