Nos dias seguintes, tornei-me o centro de uma tempestade silenciosa, como se o jogo que eu nem sabia que existia tivesse se tornado uma guerra de posse, poder e dominação.
Ninguém dizia nada abertamente. Mas os olhares, eles diziam tudo. Como se a casa, os corredores, as paredes e até mesmo o chão, soubessem o que havia se passado entre mim e os dois irmãos Montanari.
A tensão entre eles se tornara mais densa. Mais visível. Como uma corrente elétrica que cruzava a mansão. Eu sentia isso nos silêncios durante o café da manhã, nos jantares, nos toques de atenção de Elena, nos olhares de Vittorio, cada vez mais longos e avaliadores ao olhar para nós três.
Dante aparecia nos momentos mais inesperados. Como uma sombra quente que sussurrava tentação ao meu redor. Seu jeito de ocupar o espaço me desestabilizava, e quando ele falava, era como se minha vontade tivesse sido desativada. Ele sabia me tocar onde mais ninguém tocava, mesmo sem encostar, ele sabia mexer com meus desejos mais obscuro