O bar era o mesmo. Pequeno, quase esquecido, na esquina de Manhattan onde os pais deles assinaram seu primeiro acordo — e onde Charlotte e Alexander se viram pela primeira vez.
Ela estava sentada num dos bancos altos. Vestia preto novamente, mas de forma mais leve. Soltou os cabelos. Um copo de vinho tinto pela metade. E um olhar que parecia segurá-lo mesmo antes de vê-lo.
Ele entrou sem pressa.
Machucado, mas vivo. A barba por fazer, uma cicatriz recente na mandíbula. Mas os olhos estavam ali. Os mesmos de sempre — claros, perigosos, difíceis de esquecer.
Charlotte não se levantou. Apenas olhou.
Alexander parou diante dela.
— Parece que você salvou a empresa. A reputação do seu pai. A minha. O mundo inteiro.
— Faltou você.
Ele sentou ao lado, devagar. O silêncio entre eles era quase mais alto que a música ambiente.
— Eu quase morri — disse ele, sem drama. — Pensei que era o fim.
— Eu também.
Ela virou-se. Não tocou. Mas chegou perto.
— E mesmo assim... — a voz dela vacilou — eu não c