Não demora muito para o senhor William chegar — e ele não vem sozinho. Uma equipe médica o acompanha, entrando pela sala com pressa e seriedade. Em poucos segundos, eles colocam minha mãe em uma prancha rígida, prendendo cintos e verificando seus sinais.
— A minha mãe não pode morrer… eu só tenho ela… — repito, sentindo minhas pernas fraquejarem.
— Moça, precisamos de espaço — diz um dos médicos com a voz firme, enquanto verifica a pulsação dela. — Estamos fazendo o possível, mas você precisa se afastar.
Eu balanço a cabeça em negação, chorando sem conseguir respirar direito.
É quando sinto mãos fortes segurarem meus ombros por trás.
— Emma… — a voz do senhor William é baixa, porém firme. — Deixa eles trabalharem.
Eu me viro para ele, desesperada.
— Por favor… por favor, não deixa a minha mãe morrer… — imploro, segurando no braço dele como se fosse a única coisa que me mantém de pé.
Ele olha para mim, sério, mas com algo diferente nos olhos.
— Ela vai receber o melhor atendimento. Eu