Isadora encarava o espelho do banheiro de seu apartamento, a escova de dentes esquecida na pia. O enjoo daquela manhã tinha sido tão forte que precisou correr para não desmaiar.
“Não. Não pode ser isso.”
Fechou os olhos com força, balançando a cabeça. Era só estresse. Horas de trabalho excessivo, noites mal dormidas, refeições puladas. Tinha certeza de que o corpo estava apenas reagindo ao novo ritmo.
Ou pelo menos queria acreditar nisso.
— Isa? — a voz de Sofia, uma das suas amigas de apartamento, ecoou da sala. — Você tá bem?
— Tô, só… comi algo pesado no almoço — respondeu, tentando soar convincente.
Passou um pouco de maquiagem para esconder a palidez e se forçou a sorrir.
Ninguém podia desconfiar. Nem suas amigas. Principalmente Leonardo.
No escritório, tudo parecia girar em torno dele. Não importava quantos relatórios tivesse para revisar, Isadora sempre sentia o peso do olhar de Leonardo quando entrava em uma sala. Desde aquela noite, era como se houvesse uma linha invisível qu