Narrado por Anya Petrova
A mansão parecia outro lugar.
Logo cedo, o som de passos apressados, vozes dando ordens e caminhões descarregando caixas tomou conta do espaço. Eu acordei com o barulho de marteladas e, quando desci, encontrei corredores sendo cobertos por arranjos de flores brancas, velas em castiçais longos sendo posicionadas em fileiras, mesas redondas sendo levadas para o jardim como se estivéssemos preparando um banquete de filme.
A cada canto, detalhes: cortinas sendo trocadas por tecidos mais leves, tapetes vermelhos estendidos pelo corredor principal, colunas enfeitadas com heras e laços dourados. A mansão, que até então sempre me pareceu sombria e pesada, ganhava um ar de celebração que me deixava desconfortável.
Era bonito. Impressionante. Mas eu não conseguia esquecer que aquilo tudo não passava de uma prisão com flores.
Polina e Darya entraram na sala atrás de mim, os olhos arregalados, encantadas com a transforma