Letícia
O vestido colava no meu corpo como se tivesse sido pintado à mão. Vermelho, decotado na medida, justo nos lugares certos. O salto de 15 centímetros me dava uma postura elegante. A maquiagem realçava os olhos e a boca — tudo feito sob medida para um homem de poder. E Massimo Mancini era exatamente isso: poder.
Eu me olhei no espelho antes de sair. Por um segundo, senti orgulho. Aquela ali não era a Letícia que chorava escondida porque Gustavo vivia desempregado. Aquela era uma nova mulher. Uma mulher que ia entrar pela porta da frente e roubar o ar de um dos homens mais influentes do país. Uma mulher que ia fazer história.
Carolina me mandou uma mensagem com o nome do restaurante e o horário: 20h. Mesa reservada no nome dele. Eu fui com tempo, cheguei às 19h50, e pedi um vinho caro só pra parecer à vontade. Quando deu 20h10, ele entrou.
Massimo Mancini.
Alto, elegante, de terno azul marinho impecável e o olhar frio de quem não confia em ninguém. Ele me viu. E eu tive certeza qu