Massimo
Não me importei com as reuniões da manhã, com os almoços agendados ou com os relatórios empilhados na minha mesa. Tudo que eu queria era encarar o meu filho e colocar as cartas sobre a mesa antes que essa bomba explodisse em cima de nós dois. A última coisa que essa família precisava era mais uma traição estampada nos portais de fofoca.
O elevador parou no andar da presidência e a secretária do Noah, ao me ver chegar sem aviso, apenas se levantou com os olhos arregalados.
— Senhor Massimo... o senhor tem horário?
— Agora tenho. — empurrei a porta da sala dele sem bater.
Noah estava na frente do computador, camisa branca dobrada até os cotovelos e blazer pendurado na cadeira. Quando me viu, franziu a testa, confuso.
— Pai? Aconteceu alguma coisa?
Fechei a porta com calma. Tranquei.
— Aconteceu. Aconteceu que você e eu estamos sendo feitos de palhaço. E eu não aceito isso, Noah. Não na minha casa. Não na minha família.
Ele se levantou.
— O que você quer dizer com isso?
Tirei o e