Massimo
Eu nunca fui do tipo que acredita em coincidências. Quando se vive tanto tempo cercado por poder, dinheiro e pessoas ambiciosas demais, aprende-se a enxergar intenções por trás até dos olhares mais casuais.
Por isso, quando aquela mulher apareceu ontem no restaurante, sozinha, no horário exato da minha reserva, com um vestido vermelho que mais parecia um aviso... eu soube que aquilo não era acaso.
Ela foi plantada ali.
A pergunta era: por quem?
— Você está distraído hoje — a voz de Alberto quebrou meus pensamentos. Ele era meu amigo mais antigo, meu advogado pessoal e a única pessoa a quem eu confiava minha rotina.
Estávamos em meu escritório, no topo do prédio do Grupo Fiori. Vista panorâmica de Manhattan à frente, café forte na mão e uma pilha de documentos sobre contratos milionários que exigiam minha atenção. Mas tudo que eu conseguia ver… era o rosto daquela mulher.
— Estou apenas ponderando — respondi, apoiando a xícara sobre o pires. — Você já viu uma mulher entrar em u