Narrado por Noah
O relógio marcava seis da manhã quando entrei na sala de reuniões. A névoa de uma noite mal dormida ainda pesava sob meus ombros, mas a expressão no meu rosto era de pedra. Eu era um Mancini. E naquela manhã, mais do que nunca, eu precisava ser o leão que todos esperavam — ou temiam.
Os acionistas estavam sentados em suas cadeiras de couro, a mesa oval refletindo seus rostos tensos e desconfiados. Nenhum deles ousou falar enquanto eu me sentava. Sabiam que era melhor me deixar começar. Sabiam que meu silêncio era mais cortante que qualquer ordem direta.
Meu olhar percorreu cada um deles antes de repousar sobre o assessor de imprensa. Ele tentou se mexer, mas congelou sob o peso da minha atenção.
Noah: Vocês têm algo a dizer… ou estão aqui apenas para ouvir?
Silêncio.
Noah: Ótimo. Porque eu tenho muito a falar.
Abri a pasta à minha frente e deslizei uma série de documentos para o centro da mesa. Eram