Narrado em terceira pessoa
O vestido era branco.
Não por escolha.
Por exigência contratual.
Bianca se olhou no espelho da suíte da mansão e mal se reconheceu. A maquiagem era leve. Os cabelos presos em um coque clássico. Tudo nela dizia “noiva”. Menos o olhar. Frio. Vazio. Firme como aço.
Na porta, Ana Júlia a esperava em silêncio. Com os olhos úmidos e o coração apertado, ajudava com os últimos ajustes. Nenhuma das duas disse que aquilo parecia um casamento. Porque não parecia. Era um contrato com data, hora e testemunhas.
E a sentença era perpétua.
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Noah, por outro lado, vestia o terno como se fosse um uniforme de guerra. Preto. Cortado sob medida. Impecável.
Mateo, ao lado dele, observava tudo com a calma de quem já viu impérios desmoronarem.
— A imprensa está do lado de fora. Mantivemos tudo sob controle. Sem festa, s