Jovens! Ele advogado, ela jornalista. Sabe esses casais gostosos de ler, onde a relação não torna-se clichê? Então, e assim foi dando certo, o romance de Daniela e Betinho. O casal mais querido que você vai conhecer. Desafios você vai encontrar nessa história, vem saber como será a relação desse casal que promete ficar juntos.
Ler maisO som das águas da praia sempre passa calmaria, uma paz que não deve ser refutada, tão pouco achada em outro lugar. O som das aves no céu e até mesmo o vento que passa ao redor cobrindo seu corpo de frio e arrepios gostosos. Tudo isso numa brisa gostosa de fim de tarde. E mais perfeito que o som de tudo isso, é a deliciosa voz de Levi Santiago, toda as vezes que chama por sua amada. O tom forte e grosso, mas cheio de carinho e uma obsessão gananciosa. Seria pelo tempo que passaram separados e agora ele estava tentando colocar tudo no lugar? Nem mesmo se passasse mil anos. Jamais a dívida seria paga. Foram sete anos separados, e sete anos mudam muita coisa. No entanto, o amor deles não mudou, tão como o desejo ardente por aquela mulher, sua carência dos carinhos dela, da voz dela, dos cabelos, cheiro, dela por inteira... Nada mudou, mas se intensificou ao ponto de não aguentar sequer ficar longe de seu corpo.
— Acordou cedo hoje. – Ele sentou ao lado dela, que sorriu ao sentir os lábios quentes subindo por seu braço e só parando quando encontrou seus lábios os convidando para um beijo doce. Um beijo doce demais, como um convite para a cama. Ou tudo isso era coisa da sua cabeça? — Ficamos aqui duas semanas. A lua-de-mel mais linda da minha vida. Não que eu tenha tido outras antes. — Mas terá outras comigo. Esse lugar é lindo e único porque comprei dois anos atrás. — Virou um negócio comprando ilhas? – Levi negou rindo — Eu sei que você é rico. Não precisa esfregar na minha cara. Os dois tornaram a sorrir, porém, Levi a trouxe para seu colo, encarou os olhos verdes que tanto amava, nossa, como amava aquela mulher. — Nós somos ricos, muito ricos. Tudo que é meu é seu agora. Inclusive se quiser ficar mais tempo. Ficamos. — Duas semanas é o suficiente para mim. Nunca fiquei tão longe assim das meninas. Estou com saudades das crianças. Aquela casa deve estar uma bagunça só. — Está com certeza. Sabe a baba do Mael? Ela está lá porque ele gosta muito dela, não porque é competente. Ele fez todas as outras babas se demitirem, a Oli é a única que o coloca na linha. — Ela é especial para seu filho, como uma melhor amiga. Não deixe que ela vá embora do nada. – O homem concordou — Eu nunca tive babá, revezava com a minha vó ou o Maurício para nunca deixar elas sozinhas porque são completamente maluquinhas e adoram festejar. — Eu deveria ter ajudado. Ajudado com tudo... Mas agora eu posso ajudar e fazer o que vocês quiserem. — Vai devagar, não fale isso na frente delas, se não elas vão montar em você e não vão mais soltar. Elas sabem escutar um não, e apesar de reclamarem depois, obedecem. Não deixe que o dinheiro consuma suas mentes. — A partir de agora, você é quem manda em tudo, então não vou ter esse problema. Não vou dizer o mesmo do meu pai, ele vai estregar nossas filhas como faz com o Mael. Tornaram a rir e a aproveitar todo o resto do último dia que teriam ali. Quando a noite chegou, como de costume, uma lancha estava a posta sob o comando de Levi para levarem o casal até o aeroporto mais próximo. Um jatinho particular no nome de Mael Santiago já os esperava no horário marcado. A viagem de seis horas até Seant novamente trouxe uma felicidade e ansiedade para Mel que desceu do carro quase correndo em frente ao prédio. Não tiveram muito tempo para fazerem mudanças, e após a deliciosa lua-de-mel, muitas coisas iriam mudar, tão como a moradia. O apartamento luxuoso de Levi tinha apenas dois quartos, o dele e o de Mael, não caberia toda uma família ali dentro, porém em uma das discussões sobre onde poderiam morar, Mel descartou totalmente a ideia de irem para a mansão longe de tudo e de todos com tantas lembranças ruins. Ali não, jamais. Abriu a porta do apartamento já na esperança de achar suas crianças sorridentes lhe esperando, mas o que encontrou foi uma placa grande escrito "sejam bem-vindos" e quatro crianças deitadas e enroladas em muitos lençóis ali mesmo. Sorriu encantada, poderia ficar admirando durante o dia todo, porém, antes de se mexer, escutou quando uma das meninas ergueu a cabeça coçando os olhinhos, sentou aos poucos e assim que conseguiu abrir os olhos de vez, teve a surpresa de encontrar sua mãe. O grito chamando por sua querida mãe acordou as outras crianças. Mel se abaixou para receber nos braços a pequena Lara que simplesmente e logo em seguida todas vieram chamando pela mãe que apenas riu. Abraçou suas filhas com todo gosto, estava morrendo de saudades, nunca havia ficado tanto tempo longe das meninas. Aos poucos, Mel abriu os olhos e avistou Mael sentado, se afastou das meninas que correram para Levi que se abaixou para receber. Já Mel levantou novamente e andou até o menino se abaixando ali. Sorriu bagunçando os cabelos do garoto. — Tudo bem, Mael? Você está bem? Eu sei que você não gosta de dormir no chão. — Não gosto, mas queria ver vocês chegarem, meu pai disse que voltaria hoje. Mas dormir bastante com as minhas irmãs. – Mel tornou a sorrir e o ajudou a levantar. — Você cuidou das suas irmãs com muito gosto. É um garoto maravilhoso, Mael. – O garoto sorriu e depois parou, ele não tinha que mostrar tanto entusiasmo, né? Rapidamente foi abraçado por Mel que por mais que não gostasse, se apossou do cheiro dela e logo escutou as garotas chamarem pela mãe e que ela precisava de alguma forma subir para ver o novo quarto e correram escada acima. Mel voltou-se ao menino e beijou deu rosto antes de seguir suas filhas. Mael seguiu com o olhar as mulheres se afastarem e até sumirem, voltou pra frente encarando o pai que riu se aproximando. — Como você está? — A Oli ficou com a gente, mas eu me diverti mais com as minhas irmãs. – Contou sem jeito, mas logo Levi o trouxe para seu colo. — Eu gosto de saber que você tem passado mais tempo com suas irmãs. Elas vão morar conosco a partir de agora, não será mais apenas eu e você. — Elas precisam de um quarto. — E elas terão. Lembra que você disse que queria um quarto apenas para estudos e uma sala de jogos? – Mael abriu um sorriso de orelha a orelha — Estamos pensando em nos mudar para um lugar maior, bem grande com bastantes quartos. — Posso começar a planejar uma nova decoração? – Levi confirmou — Oli pode me ajudar? — Eu ouvi meu nome? – A babá apareceu e os homens viraram na mesma hora, contudo, Levi engasgou quando notou que a senhorita Oli babá incompetente de Mael usava nada mais que uma camisola curta com um decote enorme. Virou Mael para o outro lado que reclamou de ficar "cego". — Precisam de alguma coisa? — Mael acabou de acordar, precisa de cuidados. Mas... Que roupa é essa? – Levi perguntou olhando dos pés à cabeça. — Era festa do pijama e eu dormi aqui todos esses dias e não sabia que você voltava hoje. — Nós voltamos hoje e eu acho que já pode voltar a dormir na sua casa. Pode levar o Mael – Muito a contra gosto, desceu o menino de seu colo para seguir com a babá quase nua. Sabia que se a Mel visse iria falar alguma coisa. Talvez nenhuma mulher gostasse de ver uma babá pelada dentro de casa, certo? Saiu da cozinha subindo as escadas correndo e seguiu pelo pequeno espaço parando na porta de Mael onde as meninas mostravam para Mel como tinham dormido, mas ela só conseguia olhar para a babá. Sabia, isso seria um problema? Passou direto para seu quarto e não esperou muito para Mel aparecer tirando o pequeno elástico que amarrava os cabelos longos. Parou diante do homem que brilhou os olhos ao vê-la tão linda. — Temos algum problema? — As meninas precisam de escola. Uma que elas possam ficar o dia todo. – Levi balançou a cabeça concordando e a viu sair dali indo direto para o banheiro. — É só isso? – Ele a seguiu até o banheiro onde Mel terminava de tirar a roupa — A Oli não se vestia daquele jeito. E sobre a escola, porque elas precisam ficar o dia todo? — Elas são acostumadas desse jeito. Não quero que mude. — Posso arrumar vagas na mesma escola de Mael. É algo grande, elas vão gostar. — Elas não vão gostar da ideia de ficarem na escola o dia todo, mas podemos garantir que assim que cheguem em casa, tenham os melhores momentos. – Olhou para o marido pelo espelho — Não quero a Oli vestida assim perto dos meus filhos. — Sem demissões... Mael adora a Oli, ela como uma mãe pra ela, embora eu saiba que ele é apaixonado por ela. Mel o encarou por mais um tempo e deu as costas seguindo para o box. Aquilo era um aviso? Tinha que demitir a Oli? Será que tinha entendido mesmo?Acordar e ver a Flávia comigo, no hospital e não lembrar de nada!- O que aconteceu?- Você estava desmaiada! Um vizinho me ligou disse que você possuía números de emergência na porta da geladeira. Eu vim assim que pude.- E como ele ficou sabendo que eu estava desmaiada?- Você estava na rua, caída no chão!- E onde está o Roberto?- Depois conversamos.Eu caí em um sono profundo novamente. Eu não fazia ideia naquela ocasião o que estava acontecendo. A sensação era de que eu estava em um sonho. Desses que você espera acordar logo.Chegar em casa, e sentir ele está em algum lugar, mas não posso vê-lo! Mas sinto-o vivo. Era assim que eu sentia.Aos poucos eu ia lembrando-me que ele não estava mais entre nós. Que a vida dele tinha se rompido e a culpa era minha, pois o mandei voar e ser livre.- Não, não pensa assim. Você não tem culpa. Disse a Flávia. Eu estava basicamente sozinha e sem força. alguma.Já parou para pensar como é ter uma vida sozinha,
O tempo foi passando, e eu e o Roberto estávamos mais próximos. Passávamos os dias "juntos". Conversávamos, mandávamos fotos um para o outro.Durante esses dias ele tirou folga no emprego e estava vindo para o sul.O nosso casamento! O nosso casamento foi assim, tudo muito simples, primeiro o Roberto tomou uma decisão, vir embora.- Vamos alugar uma casa, ficar juntos.- Você está falando sério? Falei.- Sim! Vamos nos ver todos os dias. Falou.Eu não estava acreditando naquilo. O que estava acontecendo? Eu sabia que um dia acabaríamos juntos. Mas eu não imaginava assim. Os homens são tão demorados para tomar uma decisão como essa. A maioria!- Eu preciso estar contigo de alguma forma. Disse ele de um tanto triste.- Eu também preciso.O tempo foi passando, fomos vendo casa, e pronto! Lá estava as chaves da nossa c
Os dias passaram-se, já era fevereiro.Eu já estava trabalhando. Consegui o emprego da entrevista.Eu trabalhava das 9 ás 15h. Seis horas por dia. Era bom, eu estava gostando. Possuía tempo livre. Folgava finais de semana.A nossa casa estava saindo.E eu tinha tempo com Zaion. As vezes eu desafiava-o andar um pouco com ele após o trabalho. Final de semana, eu aproveitei. Levantei cedo, peguei a encilha, pedi a Josué que me ensinasse. Este foi bem cuidadoso a me ensinar a colocar o bridão, a sela, a barrigueira, estribos, a cilha e todo o resto.O Zaion já estava mais a vontade, parecia entre amigos.Ele estava balançando o rabo. Zaion parecia confortável comigo. Dei umas voltas nele, que andava calmamente. Ousei acelerá-lo um pouco... Beleza, estávamos correndo. O jeito livre de montaria. Eu estava sem medo.Ganhar a confiança dele, era o que eu mais queria.
Os dias foram passando, após a primeira semana do ano chuvosa, apareceu o sol límpido e brilhante no céu, tornando os pássaros cantantes.Acordei mais cedo naquela manhã, já estava acostumando com a rotina da casa, sentei-me com eles um pouco, pra tomar um "mate", desses bem topetudo.Estávamos assistindo as notícias da manhã que nos impressionavam, uma delas, um tanto inocente..."Gata infectada pelo corona vírus no estado, em Caxias do Sul." Disse o repórter. A situação estava exigindo muitos cuidados, e pedia de nós atenção até com o bichos, para que não se propague.Tomei meu café, com a tal de morcilha branca, ovo, farinha e açúcar, parecia bom e realmente estava. Parecia um dia maravilhoso, decidi tomar um banho e dar uma volta.-Vou te dar o número do Zé do taxi, nosso amigo! Falou-me a dona
Na manhã seguinte, fui ver a dra. Vânia, a psicóloga e terapeuta. Contei tudo pra ela. Do silêncio da casa, das últimas com o Beto. Sobre exatamente, tudo.Ela ficou me olhando, o tempo inteiro. E esperou eu terminar. Concordava com tudo. Balanceava a cabeça. Quando finalmente terminei com: e eu não sei qual é a dele!- Entenda, que o que disser, não faz sentido, eu não trato ele. Não posso adivinhar o que se passa com ele. Eu tento me esforçar com você. Afinal, você quem é minha paciente. Eu prezo teu bem extar.Conversamos. Ela me fez entender tais coisas. Em mim, com o ponto de vista dela. Ela me ajuda muito. Ela não resolve meus problemas, mas me dá uma orientada. Ela é aquela voz que diz sempre siga em frente. De um jeito mais profissional e diferente.Eu fico mais confortável com ela. Ela fala que sou eloquente. Mas eu sou s&oacut
Eu ficava olhando e porque não está acontecendo? O que está faltando?As coisas começaram a dar certo. Eu fui aproveitando as oportunidades, um pouco daqui e dali, as coisas foram se apegando.Fazer o que gosta é diferente, você se encaixa, até se preenche. Todo resto vira indiferença, chega a ser um pouco corriqueiro. Eu tinha uma facilidade pra escrever, mas aí eu me perguntava "o que eu vou fazer com isso?" Qual é o roteiro? Eu perdi o papel da minha vida, a pouco tempo estava com ele na mão, mas olhei era outro nome, tive que devolver. As vezes acho que a vida tem uma senha, a minha já foi chamada, porque eu estava distraída, não tem muito o que fazer. Sabe aquelas filas??? Você quase entra em pane por ter que esperar demais, e ainda não resolve o problema, volta pra casa é a mesma coisa, "volte a semana que vem, de novo!" De repente até resolva, mas aqui é assim, muita burocracia, com a vida não é diferente.Aos poucos eu fui entendendo, que aqui se faz arte e aos pouc
Último capítulo